PE tem 105 municípios em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Santa Cruz do Capibaribe é um deles.

Alerta é do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado pelo Ministério da Saúde



Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2016, realizado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com os municípios, aponta que 105 cidades encontram-se em situação de alerta ou risco de surto de dengue, chikungunya e zika em Pernambuco. Desse total, 38 municípios estão em risco e 67 em alerta. Outros 35 estão em situação satisfatória. Recife, a capital do estado, está em alerta. Os dados do LIRAa foram apresentados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que também divulgou a nova campanha deste ano para combate ao mosquito transmissor das três doenças. A nova campanha chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. 

“Para este ano, esperamos uma estabilidade nos casos de dengue e zika. Como chikungunya é uma doença nova e muitas pessoas ainda estão suscetíveis, pode ocorrer aumento de casos ainda este ano. Porém, para o próximo, também esperamos estabilização dos casos de chikungunya” explicou o ministro Ricardo Barros. Ele ressaltou, no entanto, que o Sistema Único de Saúde (SUS) está qualificado e preparado para o atendimento destas pessoas.

Dos 3.704 municípios brasileiros que estavam aptos a realizar o LIRAa – aqueles que possuem mais de 2 mil imóveis - 62,6% (2.284) participaram da edição deste ano. Em comparação com 2015, houve um aumento de 27,3% em relação ao número de municípios participantes. Realizado em outubro e novembro deste ano, o levantamento é um instrumento fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os tipos de depósito onde as larvas foram encontradas e, consequentemente, priorizar as medidas mais adequadas para o controle do Aedes no município.

Atualmente, o levantamento é feito a partir da adesão voluntária de municípios. O ministro Ricardo Barros, no entanto, vai propor que a participação, no levantamento, dos municípios com mais de 2000 imóveis seja obrigatória, a partir de 2017. A proposta será apresentada na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) entre estados, municípios e União, no próximo dia 8 de dezembro.

Das 22 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa, apenas Cuiabá (MT) está em situação de alto risco. São nove as capitais em alerta - Aracajú (SE), Salvador (BA), Rio Branco (AC), Belém (PA), Boa Vista (RR), Vitória (ES), Goiânia (GO), Recife (PE) e Manaus (AM); e 12 satisfatórias – São Luiz (MA), Palmas (TO), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Teresina (PI), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Macapá (AP), Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Brasília (DF). O Ministério da Saúde não recebeu informação sobre Maceió (AL), Porto Velho (RO) e Curitiba (PR). As cidades de Natal (RN) e Porto Alegre (RS) adotam outro tipo de metodologia.

Lista de municípios – LIRAa2016

CRIADOUROS 
Os depósitos de água, como toneis, tambores e caixas d’água, foi o principal tipo de criadouro na região Nordeste e Sul. Já o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas, garrafas, piscinas e calhas, predominou na região Sudeste. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o lixo foi o depósito com maior número de focos encontrados.

CAMPANHA 
A nova campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, que será veiculada na TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbano (ponto de ônibus, outdoor) no período de 24 de novembro a 23 de dezembro. Foram investidos R$ 10 milhões na campanha.

“Neste ano, a diferença da campanha é que estamos mostrando as consequências de não combater os focos do mosquito. A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências de não ter feito esse gesto. Vamos reforçar, ainda mais, a necessidade de eliminar os criadouros, convocando toda a sociedade para esse trabalho”, destacou o ministro da Saúde Ricardo Barros.

DENGUE 
O Brasil registrou, até 22 de outubro, 1.458.355 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse número era de 1.543.000 casos, o que representa uma queda de 5,5%. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 848.587 casos e 322.067 casos, respectivamente. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (177.644), Sul (72.114) e Norte (37.943).

CHIKUNGUNYA 
No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 134.910 confirmados. No mesmo período, no ano passado, eram 26.763 casos suspeitos e 8.528 confirmados. Ao todo, 138 óbitos registrados pela doença, nos estados de Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1).

ZIKA 
Foram 208.867 casos prováveis de febre pelo vírus Zika em todo o país, até o dia 22 de outubro, o que representa uma taxa de incidência de 102,2 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, três óbitos por vírus Zika no país. Em relação às gestantes, foram registrados 16.696 casos prováveis em todo o país.

Os recursos federais destinados à Vigilância em Saúde, Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS), para a transferência aos estados, municípios e Distrito Federal que incluem as ações de combate ao Aedes aegypti, cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão em 2015. E, no ano de 2016, teve um incremento de R$ 580 milhões, chegando o valor a R$ 1,87 bilhão. Além disso, o Ministério da Saúde contou com apoio extra do Congresso Nacional, por meio de emenda parlamentar, no valor de R$ 500 milhões.

Confira os municípios pernambucanos em risco de surto:

João Alfredo
Inajá
Arcoverde
Terezinha
Betânia
Sertânia
Gravatá
Surubim
Caetés
São José do Egito
Camocim de São Félix
Brejo da Madre de Deus
Calumbi
Nazaré da Mata
Custódia
Jucati
Limoeiro
São Bento do Una
Santa Filomena
Serra Talhada
Triunfo
Granito
Santa Cruz
Moreilândia
Brejinho
São Lourenço da Mata
Paudalho
Santa Cruz do Capibaribe
São Joaquim do Monte
Santa Cruz da Baixa Verde
Chã de Alegria
Escada
Casinhas
Panelas
São João
Tabira
Saloá
Itapetim

Confira os municípios pernambucanos em situação de alerta:

Brejinho
São Lourenço da Mata
Paudalho
Santa Cruz do Capibaribe
São Joaquim do Monte
Santa Cruz da Baixa Verde
Chã de Alegria
Escada
Casinhas
Panelas
São João
Tabira
Saloá
Itapetim
Afogados da Ingazeira
Caruaru
Calçado
Aliança
Glória do Goitá
Taquaritinga do Norte
Buíque
Ipubi
São Caitano
Carnaíba
Pedra
Sairé
Flores
Vertente do Lério
Exu
Pesqueira
Vertentes
Itaquitinga
Riacho das Almas
Santa Maria do Cambucá
Agrestina
Araripina
Timbaúba
Cabo de Santo Agostinho
Ilha de Itamaracá
Trindade
Bom Conselho
Jaqueira
Cupira
Ingazeira
Abreu e Lima
Frei Miguelinho
Tuparetama
Lagoa do Ouro
Recife 
São José do Belmonte
Jataúba
Vicência
Afrânio
Ibirajuba
Quixaba
Jaboatão dos Guararapes
Camutanga
Floresta
Tacaimbó
Águas Belas
Condado
Jurema
Petrolândia
Xexéu
Cachoeirinha
Carnaubeira da Penha
Solidão
Chã Grande
Goiana
Iguaraci
Iati
Bonito
Itambé
Tamandaré
Bezerros
Maraial
Poção
Sanharó
Araçoiaba
Bodocó
Machados

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