Se segura, Temer!, por ALEX SOLNIK*



Primeiramente veio à luz a delação bombástica de Delcídio do Amaral.

Segundamente, está em gestação a delação premiada de Marcelo Odebrecht.

Mas nenhuma delas tem o poder de destruição da delação premiada de Eduardo Cunha.

Depois de afundar o governo Dilma, ele está com a faca e o queijo na mão para destruir o governo Temer.

Quando foi cassado, pôs a culpa em Temer.

É quem vai culpar agora pela prisão.

E quem pensa assim não tem o menor problema em contar algumas verdades sobre o presidente, alguns de seus ministros e do presidente do Senado que poderão livrá-lo de longos anos de pena numa penitenciária abominável.

O que deverá pesar na sua decisão de delatar é também a situação da mulher e da filha.

Agora sozinhas correm o risco de também embarcarem para Curitiba.

A delação de Cunha deverá ser duplamente impactante para ser trocada por sua liberdade (com tornozeleira) e a de sua mulher (idem).

Imagino a estupefação das autoridades mundo afora: "então esse é o presidente da Câmara que autorizou o início do impeachment da presidente Dilma, um notório corrupto"?

Não cabe o argumento de que ele foi secundário no processo porque não foi. Ele não só o detonou como organizou a maioria na Câmara que despachou Dilma.

Brasília está em polvorosa e não é para menos.

Como diria Hugo Carvana, "se segura, Temer"!

*Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento setembro 2016).

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