Cardozo: "Impeachment é violência à democracia"

Da Carta Capital



Em um discurso inflamado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse que o impeachment da presidenta Dilma é uma “ruptura institucional”, uma “violência à democracia” e, portanto, “golpe”. “Um País que tem uma Operação Lava Jato, com várias pessoas investigadas, terá uma presidenta afastada sem que nada seja imputado”, afirmou.

Apesar da derrota sofrida pelo governo no STF, Cardozo disse que a Corte emitiu posicionamento importante a respeito do processo de impeachment ao determinar que o objeto da denúncia diz respeito apenas aos decretos orçamentários e às pedaladas fiscais. “Todos os outros fatos mencionados no relatório não fazem parte deste processo”, disse Cardozo, referindo-se ao parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que citou, por exemplo, a delação do senador Delcídio do Amaral à Lava Jato.

Cardozo disse ainda que, caso Dilma seja afastada, o novo governo não será legítimo, e os responsáveis serão cobrados pela história. “É a destituição de uma presidenta eleita pelo voto. Por isso eu lembrei a frase de Ulysses Guimarães: se eventualmente o parlamento aprovar o impeachment nessas condições, colocará o povo na periferia da história. E o povo jamais perdoará”, disse o AGU.

O AGU lembrou também que o processo contra Dilma foi aberto por “retaliação” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Ameaça, retaliação não é fator decisório para afastar presidente da República.”

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