13/3: TUCANOS ENXOTADOS. 18/3: LULA CONSAGRADO


Enquanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Geraldo Alckmin tentaram cavalgar a manifestação de 13 de março, e dela foram expulsos, o ex-presidente Lula, com um discurso de paz e conciliação, demonstrou sua liderança na manifestação de ontem, que reuniu uma multidão na Avenida Paulista; "No domingo, na Paulista, o governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves foram escorraçados do ato que eles próprios convocaram. Na verdade não foram eles, pessoalmente, os hostilizados, mas o que eles representam para quem foi às às ruas apoiar o golpe: a política. Agora à noite, na mesma Avenida Paulista, Lula foi ovacionado por centenas de milhares de pessoas que remavam na direção oposta dos manifestantes de domingo: hoje o povo celebrou, com Lula, a política como instrumento da democracia", postou o escritor Fernando Morais

247 – Os atos em defesa da democracia, realizados na noite de ontem em todos os estados do Brasil, marcaram uma diferença profunda em relação às manifestações do último domingo. No 13 de março, houve a negação da política. Ontem, ficou claro, que, para um segmento importante da sociedade, há um líder: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Abaixo, texto postado pelo jornalista Alan Rodrigues:

Para quem queria o Lula guerrilheiro encontrou Lulinha paz e amor. Um comício fabuloso que só o mito sabe fazer. O povo estava preparado para incendiar, Lula, como o maior líder politico desse país, chamou a massa para conciliação.

Abaixo, texto postado pelo escritor Fernando Morais:

no domingo, na paulista, o governador geraldo alkmin e o senador aécio neves foram escorraçados do ato que eles próprios convocaram. na verdade não foram eles, pessoalmente, os hostilizados, mas o que eles representam para quem foi às às ruas apoiar o golpe: a política. agora à noite, na mesma avenida paulista, lula foi ovacionado por centenas de milhares de pessoas que remavam na direção oposta dos manifestantes de domingo: hoje o povo celebrou, com lula, a política como instrumento da democracia.

viva o povo brasileiro, viva lula, viva a democracia.

Abaixo, reportagem da Reuters:

Lula diz em ato pró-governo em SP que há tempo de "virar a história" até 2018

Por Tatiana Ramil, Reuters 

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira de ato em apoio ao governo na avenida Paulista, em São Paulo, e disse que até 2018, quando acaba o mandato da presidente Dilma Rousseff, há tempo de "virar a história".

De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, 80 mil pessoas estiveram na manifestação às 18h45. Já o instituto Datafolha disse que o ato na Paulista reuniu 95 mil manifestantes.

"Eu aceitei participar do governo porque faltam 2 anos e 10 meses para a Dilma terminar o mandato dela e é tempo suficiente para a gente virar a história desse país", disse Lula, nomeado ministro-chefe da Casa Civil pela presidente, diante de um mar vermelho de manifestantes.

"Eu posso dialogar com o trabalhador, com o sem-terra, com o com-terra, com o pequeno, médio e grande empresário, com o fazendeiro, com o banqueiro", acrescentou.

As manifestações a favor do governo se repetiram em outras cidades do país e ocorrem após protestos pedindo o impeachment de Dilma e contra a nomeação de Lula para o ministério, num momento de forte polarização política no Brasil.

"O que eu quero é que a gente aprenda a conviver de forma civilizada com as nossas diferenças. A democracia é a única possibilidade que a gente tem de fazer o povo participar", afirmou Lula

Aos gritos de "não vai ter golpe", os manifestantes, incluindo integrantes de centrais sindicais e movimentos sociais, ocuparam vários quarteirões da avenida Paulista.

"A participação na manifestação é importante, porque nós vivemos uma escalada e uma ofensiva de ataque aos direitos democráticos no país", afirmou Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), segundo o site da Frente Popular, uma das organizadoras do evento.

O ato na capital paulista aconteceu após a tropa de choque da Polícia Militar retirar, na manhã desta sexta, manifestantes contra o governo que estavam acampados na avenida, em uma operação com uso de bombas de gás e jatos de água.

O protesto antigoverno havia começado na quarta-feira depois da confirmação de que Lula havia aceito convite feito por Dilma para ser ministro da Casa Civil e da divulgação de conversas telefônicas do ex-presidente, interceptadas pela Polícia Federal, como parte das investigações da operação Lava Jato, em que Lula é um dos alvos. Milhares de manifestantes foram às ruas em diversas cidades do país no mesmo dia. 

BRASÍLIA E RIO

Em Brasília, cerca de 4.000 pessoas, de acordo com estimativa da Polícia Militar, se reuniram na Esplanada dos Ministérios, no ato em favor do governo.

Vestindo principalmente vermelho, manifestantes ocuparam também o centro do Rio de Janeiro, carregando faixas e cartazes com dizeres de "fora Cunha, fica Dilma", em referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e "por Lula vale a luta".

Segundo os organizadores, até o início da noite cerca de 50 mil estavam presentes no ato na Praça 15. No ato contra o governo, eram cerca de 1 milhão, segundo a organização. A polícia acompanhou os dois atos, mas não fez estimativas.

"Não é uma competição para saber quem tem mais. A luta é pela democracia que o Brasil levou anos para reconquistar", disse o bancário Antônio Santos.

Mais cedo, policiais federais fizeram nas imediações da sede da PF no centro um ato de apoio aos dois anos da operação Lava Jato, ao juiz Sérgio Moro e contra a intervenção do governo nas investigações do Ministério Público.Os atos em favor do governo foram convocados após protestos contra a presidente Dilma e Lula. No domingo, milhões de pessoas tomaram as ruas de capitais brasileiras e importantes cidades do interior, de acordo com cálculos da polícia, para protestar contra a presidente, colocando ainda mais pressão sobre o governo, que vive uma grave crise política em meio a pior recessão econômica em décadas. [nL2N16L0EP]

(Com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)

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