Sem máscaras, não existe ‘anjo’ ou ‘demônio’

Tenho a incerteza constante e fico com um pé atrás sempre quando vejo alguém posando de paladino da ética, da moral e dos bons costumes. Na política então... nem me pergunte. Os exemplos são muitos e quase sempre desastrosos.

O dedo em riste para apontar e julgar impetuosamente adversários (ou colegas) esquecendo e escondendo (ou tentando), suas próprias distorções, não faltam. Não preciso ir a Brasília para selecionar figurinhas dessa qualidade. Na ‘Terra Santa’ encontra-se rapidamente.

FIQUEI SABENDO que um dos homens públicos que mais se vangloria de ter uma conduta ilibada (segundo ele) em todos os atos e movimentos de sua vida, afirmou em uma roda de pessoas, frente à Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, que todos os políticos da cidade já fizeram 'caixa dois' em suas campanhas eleitorais e, adivinhe, ele incluso.

‘Caixa dois’ é crime financeiro, quando não se declara o total de recursos utilizados aos órgãos fiscalizadores. É uma forma de delito de falsidade ideológica (prestação de declaração falsa). Dinheiro gasto em campanha, mas ocultado da Justiça Eleitoral. Se isso já aconteceu realmente com todos os nossos candidatos, não sei.

Não desejo que os nossos representantes sejam desregrados sem medidas nas suas condutas pessoais e políticas. Muito longe disso. Também não espero que algum deles possa ser digno de uma beatificação... A questão nesse momento é simplesmente a hipocrisia. E esta não sendo máscara constante, já seria de bom grado.

Na política (e em todas as esferas) não vejo seres diabólicos nem que mereçam santificações. Simplesmente humanos com suas falhas e imperfeições (uns mais, outros menos), mas que alguns juram (de pés juntos) não ter. 

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