Corrida para votar relatório

Por Danielle Romani
Da Coluna Folha Política

Os parlamentares envolvidos com a votação do relatório da Reforma Política, na Comissão Especial criada especialmente para o tema, na Câmara dos Deputados, estão preocupados com o cronograma, uma vez que esta etapa, tem que ser concluída amanhã, sob pena do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), interferir e atropelar o andamento do processo. Desde o início da implantação do debate, o prazo dado para esta fase foi de 40 sessões, que se encerram exatamente, nesta terça-feira. Cunha já deixou claro quais são suas posições sobre a matéria. Em especial, a preferência pelo distritão – sistema eleitoral que privilegiaria os políticos que obtiverem a maior votação na cidade ou no estado, e que segundo muitos, tornaria a vitória em eleições numa primazia dos que já estão no poder e dos que têm dinheiro. O problema é que o relatório final, apresentado pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) na última terça, foi modificado por ele mesmo, duas vezes. Muita gente ficou confusa com esse bota e tira.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, promete interferir e conduzir proposta caso ela não seja concluída amanhã

O melhor possível - Apesar da polêmica em torno de vários pontos, o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), vice-presidente da Comissão Especial, afirma que foi feito o melhor, dentro do possível, e que muito se ganhará com a atual proposta, no formato como ela está. Entre os avanços, Alencar aponta o fim da reeleição.

Embate duro - Apesar do otimismo de Tadeu, as horas que antecederão a votação do relatório serão de intensas conversações. Isso porque os defensores e os críticos à proposta do “distritão” estão, afirmam integrantes do colegiado, em números iguais.

Verdade - Enquanto 16 defendem a “verdade eleitoral”, ou distritão, outros 16 querem a manutenção do atual sistema, mas com correções de rumo, como cláusula de desempenho.

Força - O distritão ganhou força depois que muitos caciques, temendo não viabilizar a reeleição em seus distritos, devido aos votos pulverizados, passaram a defender a verdade eleitoral.

Seis - O mandato de seis anos, a fim de igualar as eleições, foi, segundo políticos uma forma de ajeitar o “calendário”. Um arranjo que vai turbinar 2016.

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