Presidente do PSL diz que partido deixará coligação de Marina Silva

Luciano Bivar afirma não saber se Marina honrará compromissos.
'Sei o que Dilma e Aécio pensam, mas não sei o que Marina pensa', disse.

Do G1, em Brasília

O presidente do PSL, Luciano Bivar afirmou nesta quarta (20) que o partido deixará a coligação Unidos pelo Brasil, antes encabeçada por Eduardo Campos, morto em acidente aéreo, e agora substituído por Marina Silva. O PSL é um dos seis partidos da coligação – os outros são PSB, PPS, PPL, PHS e PRP – e diz não ter sido consultado sobre a mudança de candidato da aliança. O PHS também manifestou crítica ao processo de escolha da nova chapa.

Na noite desta quarta, a ex-senadora Marina Silva foi apresentada oficialmente como candidata a presidente e o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) como candidato a vice. O anúncio foi feito após reunião da cúpula do partido, em Brasília.

A indicação de Marina Silva pelo PSB terá de ser ratificada pela maioria dos demais partidos da coligação. O presidente do PSB, Roberto Amaral, marcou para a manhã desta quinta-feira (21) uma reunião com os dirigentes dessas legendas a fim de obter o apoio em torno dos nomes de Marina e Albuquerque. Segundo determina a Justiça Eleitoral, ao menos quatro dos seis partidos deverão aprovar a mudança na cabeça da chapa.

Bivar critica o que chamou de falta de diálogo com Marina e diz ter receio de que ela não cumpra as promessas feitas aos partidos por Eduardo Campos.

“Não sabemos se Marina vai honrar os compromissos que Eduardo Campos fez. Tivemos uma conversa ontem e hoje a ninguém responde pela candidata. Sei o que Dilma e Aécio pensam, mas não sei o que Marina pensa”, afirmou.

Bivar disse que nunca teve um encontro “tête-à-tête” com a nova presidenciável e que Marina ainda não defendeu suas posições políticas. “Não sei se esse Código Florestal aprovado vai ser honrado pela Marina. Se nas eleições não temos conversa, imagina depois.”

A legislação eleitoral não prevê a hipótese de um partido deixar uma coligação durante a campanha eleitoral. Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divergem sobre essa possibilidade. Alguns consideram que, ao deixar a coligação, o partido não poderia retirar o tempo na TV e no rádio. Outros avaliam que isso seria possível.

O PSB tem até o próximo sábado (23) para registrar a chapa de Marina Silva e Beto Albuquerque junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

‘Desarranjos’

Indagado sobre possível desacordo com alguns partidos que compõem a coligação Unidos pelo Brasil, o presidente do PSB, Roberto Amaral, negou que existam “desarranjos” e afirmou que a decisão do PSB só poderia ser levada às demais legendas após conversas internas.

“Não tenho notícias – e repetirei isso quantas vezes for preciso – de que haja problemas e desarranjos ou desentendimentos com os demais partidos. Eu não poderia discutir com os demais partidos o nome do PSB enquanto o PSB não tivesse um nome. O PSB só tem um nome, oficialmente, a partir de hoje”, afirmou.

O deputado licenciado Walter Feldman (PSB-SP), considerado porta-voz da Rede Sustentabilidade, afirmou ter conversado com presidentes de outros partidos e disse não haver problemas.

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