CAMPANHA DO PSB SOFRE NOVA BAIXA NO COMANDO


A saída de Carlos Siqueira da coordenação nacional da campanha presidencial do PSB, cuja chapa é encabeçada pela ex-senador Marina Silva, foi seguida pela baixa do atual coordenador de Mobilização e Articulação, Milton Coelho; Milton, que integra a Executiva Nacional da legenda e foi secretário de Estado durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos, estava cotado para assumir a coordenação nacional da campanha socialista após Siqueira entregar o cargo nesta quinta-feira (21)

Do Pernambuco 247

A saída de Carlos Siqueira da coordenação nacional da campanha presidencial do PSB, cuja chapa é encabeçada pela ex-senador Marina Silva, foi seguida pela baixa do atual coordenador de Mobilização e Articulação, Milton Coelho. Milton, que integra a Executiva Nacional da legenda e foi secretário de Estado durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos, estava cotado para assumir a coordenação nacional da campanha socialista após Siqueira entregar o cargo.

"Estive coordenando a parte de mobilização e articulação da campanha. Agradeço a confiança do partido para esta tarefa e de todos que defenderam minha permanência. O PSB deve indicar entre os seus muitos quadros um novo coordenador de mobilização e articulação política. Já comuniquei ao PSB que julgo minha tarefa cumprida até aqui", disse Coelho ao Blog do Camarotti. "Havia um pacto com o meu querido amigo Eduardo Campos, de quem já coordenei três campanhas, que minha tarefa acabaria em 2014. Mas, com essa tragédia, minha tarefa se encerra aqui", complementou o socialista.

A mais nova baixa no comando central da campanha expõe a cizânia que muitos membros do partido possuem em relação a Marina. Marina, que ingressou no PSB por não conseguir viabilizar a criação do seu próprio partido, o Rede Sustentabilidade, ingressou como vice de Campos em função do capital eleitoral de cerca de 20 milhões de votos que obteve na última eleição presidencial.

Logo que passou a integrar as fileiras da legenda, Marina se mostrou contrária a muitas das alianças regionais que Campos estava costurando desde 2013. Esta imposição de Marina levou ao rompimento de alianças que o PSB costurava em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, entre outros. A cisma acabou por enfraquecer o partido em muitos destes palanques, ameaçando as candidaturas do próprio partido ou das legendas aliadas.

Com a morte de Campos no último dia 13 de agosto, em um acidente aéreo ocorrido em Santos (SP), Marina foi alçada à condição de candidata a presidente. Com o posto assegurado, ela tentou impor uma série de condições que o PSB não digeriu. A rusga interna ficou mais evidente com a saída de Siqueira nesta quinta-feira.

O militante histórico e secretário-geral da legenda justificou a sua saída "pela maneira grosseira como ela me tratou". "Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora", acrescentou. As razões para sua queixa estão no fato dela ter substituído Bazileu Margarido, que era coordenador adjunto de Siqueira pelo deputado Walter Feldman, de sua confiança.

Agora com mais esta baixa no comando central da campanha, o PSB terá que trabalhar intensamente para evitar um racha que poderá fazer com que o partido acabe menor do que quando decidiu disputar a eleição presidencial.

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