Avião que matou Campos pode ter sido comprado por empresas fantasmas, diz TV

Por iG São Paulo 

Jornal Nacional exibiu documentos que mostram transferências de R$ 1.710.297,03 para empresa dona do jato

A edição desta terça-feira (26) do Jornal Nacional (Rede Globo) informou que o avião no qual o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), morreu num acidente há duas semanas pode ter sido comprado por empresas fantasmas.

O JN exibiu documentos de compra e venda do jato Cessna que era usado pelo candidato do PSB à Presidência da República. Na operação, o dinheiro usado para pagar o avião particular teria passado por escritórios de empresas em Brasília e São Paulo, além de uma peixaria fantasma com sede numa favela do Recife.

A empresa indicada pela Anac como dona da aeronave é a AF Andrade, que nega ser ainda a proprietária. A companhia alega ter vendido o jato para um empresário, que teria repassado o avião para campanha do PSB.

A sede da Geovane Pescados, um das empresas que fez os depósitos, fica numa favela do Recife

Extratos exibidos pelo JN mostram que seis empresas ou pessoas diferentes fizeram 16 transferências para a AF Andrade, num total de R$ 1.710.297,03. O menor depósito - R$ 12.500 - foi da Geovane Pescados.

O endereço oficial da Geovane Pescados, numa favela de Recife, é na verdade a casa do pernambucano Geovane, que ficou surpreso ao ser abordado pela reportagem do telejornal da Globo.

“Acha que se eu tivesse uma empresa de pescado eu vivia numa situação dessa?”, disse Geovane, ao ser questionado.

O Jornal Nacional (Globo) exibiu documentos que mostram transferências no valor de R$ 1.710.297,03 para empresa dona do jato

No dia 15 de maio deste ano, foi feita a maior transferência para a AF Andrade, no valor de R$ 727 mil. Quem depositou foi a Leite Imobiliária, de Eduardo Freire Bezerra Leite.

Ao JN, a Leite Imobiliária confirmou a transferência de R$ 727 mil para a AF Andrade. Segundo a empresa, o dinheiro foi um empréstimo ao empresário João Carlos Lyra.

Nesta terça, o PSB informou que a utilização do jato foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira.

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